The Lurker vai a Manaus (ou no rio Negro não tem bacalhau)
Há algum tempo decidi que seria interessante conhecer todos os estados do Brasil. Chame de capricho, se quiser, mas acho que foi em 1997 que vi que, realmente faltava pouco para conseguir isso. Bem, dei mais um passo para conseguir este intento, viajando para o Amazonas. Faltam, então, mais quatro estados para cumprir a “travessia brasiliana”: Acre, Amapá, Pará e Roraima (certo, nenhum estava em sua lista de escolhas para as próximas férias). Ou seja, estou aceitando atividades profissionais que me levem a visitar especificamente estes estados.
Anyway, Manaus tem seus méritos. O hotel em que fiquei se situa do lado do Theatro Amazonas (aquele com a bandeira no teto) e meu quarto dava uma vista muito interessante para ele. Se ficasse em Paris, certamente corresponderia à Place de L´Opera. Incrível imaginar o dinheiro que deve ter circulado nessa região na época do ciclo da borracha. As fotos antigas mostram que as ruas em volta sequer tinham claçamento, mas este teatro enorme está lá, do lado do Palácio da Justiça (outra construção interessante e recém restaurada).
Depois de cumpridas as atividades laborais de praxe, fui convidado pela equipe local para ir a um restaurante no encontro das águas do Rio Negro com o Solimões (a partir daí o rio passa a chamar-se Amazonas - The LurKeR também é cultura). Fui apresentado a um Tambaqui grelhado (excelente) e uma Calderada de Tucunaré (nem tão interessante, mas é feio recusar, não é?). Detalhe, eu realmente não gosto de peixe. Se elogio, deve-se ao fato de que realmente estava muito bom.
Depois de uma volta próximo à borda da floresta, que pulsa como se fosse um organismo vivo e único, chegou a hora de me largarem... aonde, em um domingo em Manaus? Bem, meio contra minha religião, fui bater no Shopping Amazonas. Resolvi então provocar o choque: o que poderia ser mais antagônico do que uma floresta tropical?
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O "muderno" cinema americano.... "A serviço de sua majestade britânica"... Puá!
Chame de choque... eu chamo o filme de lixo.
A parte chata da coisa foi o vôo em que me colocaram, às 02:00 da manhã (hora local) 12:00 em Bsb. Desnecessário dizer que a segunda-feira foi um dia de tortura, mesmo voando na executiva.
Peculiaridades:
Em Manaus, casa de tolerância tem um dístico na placa: Ambiente Familiar. Alguém quer me dizer, mais ou menos o que vem a ser isso?
Manaus não tem sambódromo: tem Boiódromo. That´s right. As cores por lá não são verde e rosa, mas vermelho e azul. E as aulas nos colégios são dimensionadas para permitir um intervalo de duas semanas na época do boi. Eu, pessoalmente, sou do Caprichoso.
The Lurker says: Viva la jungla!
janeiro 30, 2003
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